Fonte de Inspiração
Raphael Rabello

Raphael Rabello nasceu em uma família musical: sua irmã Luciana Rabello se tornou conhecida com o seu cavaquinho, e seu primeiro professor de violão foi um irmão mais velho. Ele também tomou lições de violão com Jaime Florence (o famoso "Meyra", que também deu aulas a Baden Powell nos anos 1940). Ele passou a tocar o violão de sete cordas influenciado por Dino 7 Cordas.
Teve aulas com grandes nomes daquela época como o violonista Dino 7 Cordas, com quem gravou um álbum em 1991. Raphael, por um tempo, dedicou-se somente ao violão de sete cordas, chegando, inclusive, a adotar o nome "Raphael 7 Cordas" (o mesmo nome de seu primeiro álbum). No início dos anos 1980, ele participou como instrumentista em famosas gravações de samba como por exemplo: "Minha Missão", de João Nogueira. Ele desenvolveu um ritmo de samba para violão que é reproduzido por diversos violonistas de hoje em dia.
Mais como acontece na vida de qualquer ser humano Raphael Rabello teve um declinio, por conta de um acidente de carro que o obrigou a receber uma transfusão de sangue onde foi contaminado com o vírus da Aids. Com uma grande desilusão da situação, recorreu às drogas, em especial à ,(anfetamina).
Foi para os Estados Unidos em (1994)já com o problema das drogas com a perspectiva de expansão de sua carreira profissional.Começou a lecionar em uma universidade de música em Los Angeles. Paralelamente começou a libertar-se das drogas. Mais tarde, porém, Raphael precisou voltar ao Brasil para breve trabalho aprovado pela Fundação Cultural Banco do Brasil: A realização de um disco resgatando a obra do compositor Capiba.
Mas com a sua volta,terminou se envolvendo com drogas novamente no Rio de Janeiro. Sendo assim, foi envolvido pelo "exército das drogas" que acabou levando Raphael de volta para esse trágico mundo.
Em 1995 Raphael foi internado para tratamento de desintoxicação onde morreu um dia depois de ter sido avaliado pelo médicos como "ótimo". Depois disso, surgiram versões diversas sobre sua morte. Aids, overdose e suicídio. Nenhuma verdadeira. A Aids, por exemplo, não chegou a se desenvolver nele.
Raphael Rabello morreu de Apnéia, uma morte sorrateira, que acontece durante o sono. Distúrbio que, inclusive, é de família.[2]
Baden Powell

Baden Powell foi filho de Dona Adelina e do violinista e escoteiro Lilo de Aquino, que lhe deu esse nome por ser fã do criador do Escotismo, general britânico Robert Stephenson Smyth Baden-Powell. É irmão de Vera Gonçalves de Aquino e pai do pianista e tecladista Philippe Baden Powell e do violonista Louis Marcel Powell (ambos nascidos na França) e primo do violonista João de Aquino.
Começou a estudar violão muito cedo, aos nove anos tocava a música tradicional brasileira, mas amava o jazz e logo desenvolveu um estilo que se baseava em Django Reinhardt e Barney Kessel. Foi um exemplo por ter uma maneira única de tocar violão, incorporando elementos virtuosísticos da técnica clássica e suíngue e harmonia populares.Foi um Violonista considerado por muitos um dos maiores violonistas de jazz desde o início da bossa nova.
Baden Powell morreu a 26 de setembro de 2000, aos 63 anos.
Dilermando Reis

Violonista e compositor nascido em 22 de setembro de 1916 em Guaratinguetá, SP e falecido em 2 de janeiro de 1977, no Rio de Janeiro, RJ. Dilermando dos Santos Reis começou a estudar violão com o pai, o violonista Francisco Reis, ainda na infância. Em 1931, aos 15 anos de idade, Dilermando já era conhecido como o melhor violonista de Guaratinguetá. Neste mesmo ano, assistindo a um concerto do violonista Levino da Conceição, que se apresentava na cidade, tornou-se seu aluno e seu acompanhador, seguindo-o em suas excursões.
Chegou a o Rio de Janeiro em 1933, em companhia de Levino.Onde tin ha como pincipal objetivo encontrar na Lapa o violonista João Pernambuco(amigo de Levino). O violonista residia num quarto de uma república na Praça dos Governadores (posteriormente Praça João Pessoa).Em 1934, Levino a pretexto de ir a Campos, deixou pagos 15 dias de hotel para o jovem violonista e nunca mais voltou.
Sozinho na cidade, Dilermando procurou auxílio com João Pernambuco, que o acolheu. Em fins da década de 30, envolveu-se num caso amoroso com Celeste, companheira de seu ex-professor Levino Conceição. O casal passou a residir na Rua Visconde de Niterói, próximo ao Morro de Mangueira. Viveram juntos por toda a vida. Um dos mais importantes violonistas brasileiros, atuou como instrumentista, professor de violão, compositor, arranjador, tendo deixado uma obra vultuosa, versátil, composta de guarânias, boleros, toadas, maxixes, sambas-canção e principalmente de valsas e choros.
Dilermando começou a acompanhar calouros na Rádio Guanabara, trabalho esporádico e sem contrato. No intervalo de uma dessas apresentações, Dilermando como costumava fazer, solava uma valsa \"Gota de lágrima\", de Mozart Bicalho quando o radialista Renato Murce ouviu e gostou. Levou o violonista para a Rádio Transmissora e deu-lhe um programa de solos de violão, para experimentar o resultado ,como era de se imaginar para um grande talento o programa foi um sucesso.Como já naquela época não era possível sobreviver apenas de solos de violão, continuou como acompanhador em regionais, como faziam todos os grandes violonistas da época (Garoto, Laurindo de Almeida, etc). Em 1940, transferiu-se pra a Rádio Clube do Brasil. Nesse mesmo ano, formou uma orquestra de violões (composta de 10 violonistas), à qual acredita-se que tenha sido uma das primeiras do gênero.
Foi também professor de Maristela Kubitscheck, filha do presidente Juscelino, de quem foi grande amigo e parceiro de serenatas. Essa amizade, aliás, valeu a Dilermando a nomeação para um cargo público, o que muito lhe aliviou as dificuldades financeiras. Em 1972, gravou o LP \"Dilermando Reis interpreta Pixinguinha\", e em 1975 lançou \"O violão brasileiro de Dilermando Reis\" ambos pela Continental. Em alguns de seus LPs foi acompanhado pelos grandes violonistas Horondino Silva, o Dino Sete Cordas e em outros por Jaime Florence, o Meira. Além de sua vasta obra, Dilermando deixou inúmeros arranjos editados. Na década de 90, o violonista Genésio Nogueira iniciou uma coleção de LPs e CDs dedicados à obra do compositor.
Obras:
Raphael Rabello
- Raphael Rabello (1988)
- Raphael Rabello Interpreta Radamés Gnattali (1987)
- Raphael 7 Cordas (1982)
Baden Powell
- 1961 - Um Violão na Madrugada
- 1963 - Baden Powell à Vontade
- 1970 - Lotus/Tristeza
- 1998 - Suite Afro-Consolação
Dilermando Reis
- Noite de lua/Magoado (1941) Columbia 78
- Xodó da baiana/Promessa (1951) Continental 78
- Sons de carrilhões/Abismo de rosas (1952) Continental 78
- Calanguinho/Penumbra (1953) Continental 78